quarta-feira, 18 de maio de 2011

HISTÓRIA DA BÍBLIA - Parte 5

MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS
O Sábado e a maior parte das festas da religião Judaica foram celebrados desde os primeiros tempos da história de Israel. Mas duas das festas aqui descritas muito mas tarde: Purim (da época do império persa no século V a.C.) e a festa da Dedicação ou das Luzes ( do tempo dos Macabeus, século II a.C.).
As grandes festas religiosas de Israel estavam ligadas às estações do ano agrícola de Canaã. Eram celebradas na primavera, no começo do verão e no outono. Em cada uma delas os féis dirigiam-se ao seu santuário local, para oferecer seus dons a Deus.
Depois do século VII a.C. estas festas de "peregrinação" eram realizadas só em Jerusalém. Na época de Jesus, a população normal da cidade, de cerca de 40.000 habitantes, aumentava para aproximadamente 150.000 pessoas, pelo número que vinham para a Páscoa. As festas eram tempo de agradecimento a Deus pela colheita, ocasiões para lembrar os grandes fatos da história de Israel e para alegrar-se.

Jejuns:
As leis do Antigo testamento reservaram só um dia do ano para jejum nacional. É o dia da Expiação, "no décimo dia do sétimo mês" ( a fim de setembro/começo de outubro). Durante o exílio na Babilônia eram observados jejuns especiais também no quinto e sétimo mês para chorar a destruição do templo e o assassínio de Godolias governador de Judá.
Após do exílio foram introduzidos outros dois jejuns regulares: no décimo mês, para recordar o começo do assédio de Jerusalém, e no quarto mês, para lembrar a queda da cidade. A nação inteira ou pessoas individuais também jejuavam em tempos de necessidades pessoais.
Freqüentemente o jejum era acompanhado de orações, as pessoas jejuavam em sinal em sinal de verdadeiro arrependimento. Durante o tempo do jejum não comiam nem bebiam. Outros costumes era,: rasgar as vestes, vestir roupas ásperas (saco), cobrir a cabeça com pó de cinzas, não pentear-se e não tomar banho. Mas os profetas e Jesus disseram claramente que estes sinais externos de jejum não eram suficientes. O mais importante era uma verdadeira mudança do coração
(Lv 16,29; Zc 7,5; 8,19; Jz 20,26; Ne 1; 2Sm 12,16.20; Est 4,16; Is 58, 3-5; Jl 2,13; Jn 3,5; Mt 6,16-18).

Festas Anuais
Páscoa e Ázimos:
A Páscoa era uma das festas anuais mais importantes. Era celebrada na véspera de 14 de nisan. Naquela noite cada família sacrificava um cordeiro, para recordar o primeiro sacrifício, oferecido pouco antes de Deus libertar os israelitas do Egito.
Naquela ocasião Deus tinha "passado sobre" (Páscoa) as casas israelitas em que o sangue do cordeiro tinham sido aspergido nos batestes e ombreiras da porta e havia poupado a vida dos seus primogênitos.
Na ceia pascal e durante toda a semana seguinte comia-se pão feito às pressas e não levedado (pão ázimo). Também isso era recordação da preparação apressada feita quando o faraó finalmente permitiu os israelitas sair do Egito. Também lembrava o primeiro pão feito com trigo novo, quatro dias depois da entrada de Israel em Canaã.
Inicialmente a Páscoa era celebrada em casa, mas na época do Novo Testamento era a grande festa-peregrinação celebrada em Jerusalém. Continua sendo uma das principais festas judaicas de hoje (Ex 12; Js 5,10-12; Mc 14,1-2).


Primícias:

Esta cerimônia era realizada no último dia da festa dos ázimos. Apresentava-se a Deus o primeiro feixe da colheita. A grande festa da colheita (ou semanas) era celebrada mais tarde (Lv 23,9-14).
Semanas:

(mais tarde Pentecostes) - No fim da colheita dos cereais o sacerdote oferecia dois pães feitos de farinha nova, juntamente com sacrifícios de animais. Isso era feito cinqüenta dias (ou seja, sete semanas mais um dia) depois da Páscoa e do início da colheita. Posteriormente a festa veio a ser conhecida com "Pentecostes", da palavra grega que significa "qüinquagésimo". Era uma festa caracterizada por grande alegria e agradecimento pelos dons concedidos por Deus nas colheitas. (Ex. 23,16; Lv 23,15-21; Dt 16,9-12).
Trombetas:
(posteriormente Ano Novo) - O começo de cada mês e de cada festa era assinalado pelo toque das trombetas. Mas no primeiro dia do sétimo mês as trombetas anunciavam uma celebração especial. Era um dia de descansos e dedicado ao culto, mais importante que o próprio Sábado, a julgar pelas ofertas que se faziam.
Marcava o sétimo mês como o mais solene do ano. Depois do exílio foi considerado como festa de Ano Novo (Rosh Hashanah). Mas os meses continuaram a ser contados a partir de nisan (março-abril) (Nm 10,10; 28,9; 29,1-2).

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