domingo, 1 de maio de 2011

Religiosa francesa curada por milagre de João Paulo II sem medicação há seis anos

A religiosa francesa Marie Simon-Pierre, que o Vaticano acredita ter sido curada da doença de Parkinson por intercessão de João Paulo II, disse hoje que não toma qualquer medicação «há seis anos».

A irmã apresenta esta noite o seu testemunho na vigília de oração que prepara a beatificação do Papa polaco, marcada para domingo, numa intervenção previamente gravada e antecipadamente divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé.

«Há seis anos que não tomo medicamentos e depois da minha cura voltei a encontrar um ritmo normal», diz a freira das Irmãzinhas das Maternidades Católicas.

Afetada pela doença desde 2001, então com 40 anos, Marie Simon-Pierre explica que deixou de sentir sintomas «na noite de 2 para 3 de Junho de 2005», depois de uma novena de oração a João Paulo II, pedindo «um milagre».

Uma cura mantida em segredo com a superiora da casa religiosa durante quatro dias, até que a 7 de junho a consulta de rotina no neurologista se transformou na constatação do «desaparecimento total dos sinais clínicos» do Parkinson.

«É como um segundo nascimento, uma segunda vida», acrescenta a religiosa francesa, para quem esta cura é também «uma bênção para a Igreja e para o mundo».

«É com grande emoção que aceitei dar o meu testemunho. Fiquei profundamente tocada pelo facto de ter podido beneficiar desta graça da cura e por saber que ela contribuiu para a beatificação de João Paulo II», acrescenta.

Para a beatificação exige-se o reconhecimento de um milagre atribuído à intercessão do fiel em causa, sendo necessário que a cura tenha acontecido de forma espontânea, completa, duradoura e inexplicável à luz da ciência actual.

Bento XVI aprovou a 14 de Janeiro a publicação do decreto que comprova o milagre atribuído à intercessão de João Paulo II (1920-2005), concluindo assim o processo para a sua beatificação

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