quinta-feira, 3 de novembro de 2011

02-11 – COMEMORAÇÃO DOS FIÉIS DEFUNTOS


Neste dia ressoa em toda a Igreja o conselho de São Paulo para as primeiras comunidades cristãs: "Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais como os outros que não tem esperança" ( 1 Tes 4, 13).

Sendo assim, hoje não é dia de tristezas e lamúrias, e sim de transformar nossas saudades, e até as lágrimas, em forças de intercessão pelos fiéis que, se estiverem no Purgatório, contam com nossas orações.

O convite à oração feito por nossa Mãe Igreja fundamenta-se na realidade da "comunhão dos santos", onde pela solidariedade espiritual dos que estão inseridos no Corpo Místico, pelo Sacramento do Batismo, são oferecidas preces, sacrificios e Missas pelas almas do Purgatório. No Oriente, a Igreja Bizantina fixou um sábado especial para orações pelos defuntos, enquanto no Ocidente as orações pelos defuntos eram quase geral nos mosteiros do século VII; sendo que a partir do Abade de Cluny, Santo Odilon, aos poucos o costume se espalhou para o Cristianismo, até ser tornado oficial e universal para a Igreja, através do Papa Bento XV em 1915, pois visava os mortos da guerra, doentes e pobres.

A Palavra do Senhor confirma esta Tradição pois "santo e piedoso o seu pensamento; e foi essa a razão por que mandou que se celebrasse pelos mortos um sacrifício expiatório, para que fossem absolvidos de seu pecado" (2 Mc 2, 45). Assim é salutar lembrarmos neste dia, que "a Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados" (Catecismo da Igreja Católica).

Portanto, a alma que morreu na graça e na amizade de Deus, porém necessitando de purificação, assemelha-se a um aventureiro caminhando num deserto sob um sol escaldante, onde o calor é sufocante, com pouca água; porém enxerga para além do deserto, a montanha onde se encontra o tesouro, a montanha onde sopram brisas frescas e onde poderá descansar eternamente; ou seja, "o Céu não tem portas" (Santa Catarina de Gênova), mas sim uma providencial 'ante-sala'.

"Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno. Levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem! Amém!"
Fonte:- Canção Nova
Para milhões de católicos espalhados pelo mundo o Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram. Enquanto o Dia de Todos os Santos (1º de novembro) celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados, o Dia de Finados celebra todos os que morreram e não são lembrados na oração do Dia de Todos os Santos.

Durante muito tempo os cristãos não se relacionavam com os mortos. Eles acreditavam que a ressurreição do corpo aconteceria apenas no dia de juízo final para toda a humanidade e rejeitavam qualquer doutrina que implicasse em imortalidade da alma. Com a fusão da Igreja cristã ao Estado romano, os cristãos acabaram por adotar alguns costumes e crenças de vários povos, entre eles o de rezar e se comunicar com os seus antepassados mortos junto aos túmulos

O Dia de Finados foi instituído mesmo no século 10, por Santo Odílio, abade beneditino de Cluny, na França, para os mosteiros de sua ordem especificamente, até que, no século 11 a igreja católica universalizou a data, através dos papas Silvestre II, João XVIII e Leão IX, que obrigaram a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos. Já a data 2 de novembro foi institucionalizada a partir do século 13.

No Brasil e na grande maioria dos países, a celebração de Finados tem início na semana anterior, quando as pessoas vão até os cemitérios limpar as sepulturas. No Dia de Finados, também conhecido como Dia dos Mortos, as pessoas vão aos cemitérios levar flores, acender velas e rezar pelos seus entes queridos que já faleceram. Alguns também mandam rezar missas em nome dos falecidos.
Apesar do significado de celebrar a vida eterna em outro plano, o Dia de Finados não deixa de ter um tom melancólico - afinal, muitos voltam a sentir a dor da perda de seus entes queridos e a saudade com a distância.

Fonte: Uol

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