sábado, 21 de maio de 2011

GÊNESIS 2 - A Criação


2. A CRIAÇÃO
    Para ele nada do que existe, existe sem Deus; no princípio, tudo foi criado por Deus e caminha inexoravelmente conforme os desígnios de Deus, sem mistérios e sem complexidades, com a simplicidade inspirada por uma fé profunda. Diz apenas e vigorosamente que tudo começou a partir do impulso propulsor e ordenador da Palavra de Deus, mostrando-O assim onipotente, destacado da Criação, não se confundindo com Ela:
"Deus disse: ‘Haja luz’ e houve luz" (Gn 1,3).
Deus começou a criar afastando as trevas e criando a luz, para poder ver a obra em andamento e aparecer como estava ela sendo feita, em virtude da sua concepção rudimentar e ainda antropomórfica. Quando amanhece, parece-nos à primeira vista que a "luz do sol" precede a "luz do dia", como se distinguissem. Sabemos que não, a "luz do dia" é a "luz do sol", mas ao narrador, que não o sabia, havia a distinção tal como se percebe a olhos nus, sem instrumentos, e sem o menor conhecimento científico. Não sabia ele, nem poderia saber, que a luz do sol leva aproximadamente oito minutos para atingir a terra, em virtude do que a ele pareciam coexistir ambas, distintas e separadas. Por isso, na sua concepção, Deus a cria antes de criar o sol, qual seja, melhor dizendo, independentemente da criação dele. Criou "a luz" erradicando "as trevas" (1,2), facilitando assim a explosão da vida e do calor desenvolvida pelo "Espírito de Deus" (1,2). Daí então, a Criação se desdobra vertiginosamente, em seqüência culturalmente lógica para o narrador e em ordem sistemática delimitada em espaços uniformes de tempo, "em dias", conforme Deus pronunciava "Sua Palavra" ("...e Deus disse...", "...e Deus chamou"...):
"Deus chamou à luz ‘dia’ e às trevas ‘noite’. Houve uma tarde e uma manhã: primeiro dia" (Gn 1,5).
O mundo de então era concebido como um grande volume cheio de água, onde tudo já se encontrava confusamente disposto, que Deus vai formando e ordenando, tal como se fora um "feto numa placenta":
"Deus disse: ‘Haja um firmamento no meio das águas e assim se fez. Deus fez o firmamento, que separou as águas que estão sob o firmamento das águas que estão acima do firmamento, e Deus chamou ao firmamento ‘céu’. Houve uma tarde e uma manhã: segundo dia" (Gn 1,6-8).
Desconhecendo as leis físicas da evaporação da água, da formação das chuvas, e vendo-as cair, supunha que tanto havia águas no céu como nos mares, tal como se "vê" a olho nu, único instrumento disponível:
"Deus disse: ‘Que as águas que estão sob o céu se reunam numa só massa e que apareça o continente’, e assim se fez. Deus chamou ao continente ‘terra’ e à massa das águas ‘mares’, e Deus viu que isso era bom" (Gn 1,9-10).
Delimitou Deus a terra e desse modo separou-a dos mares. Estavam assim preparados os ambientes para a criação, geração e propagação dos vegetais, ervas e frutos, com o que se daria a erradicação da aridez da terra virgem:
"Deus disse: ‘Que a terra verdeje de verdura: ervas que dêem semente e árvores frutíferas que dêem sobre a terra, segundo a sua espécie, frutos contendo a sua semente’, e assim se fez. A terra produziu verdura: ervas que dão semente segundo a sua espécie, árvores que dão, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente, e Deus viu que isso era bom. Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia" (Gn 1,11-13).
A vegetação, as ervas e as árvores que cobrem a superfície da terra não são imanentismos dela, mas gerados dela e nela pela Palavra de Deus, fonte de tudo o que existe, nada tendo vindo à existência sem que Ele chamasse:
"Deus disse: ‘Que haja luzeiros no firmamento do céu para separar o dia e a noite; que eles sirvam de sinais, tanto para as festas quanto para os dias e anos; que sejam luzeiros no firmamento do céu para iluminar a terra’, e assim se fez. Deus fez os dois luzeiros maiores: o grande luzeiro para governar o dia e o pequeno luzeiro para governar a noite, e as estrelas. Deus os colocou no firmamento do céu para iluminar a terra, para governarem o dia e a noite, para separarem a luz e as trevas, e Deus viu que isso era bom. Houve uma tarde e uma manhã: quarto dia" (Gn 1,14-19).
Aquela luz já criada é depositada em receptáculos apropriados a sua distribuição durante a noite e durante o dia. Não são os luzeiros seres absolutos a ponto de se tornarem até mesmo em objetos de adoração por outros povos, eis que são criaturas advindas da Criação de Deus. Receberam de Deus a missão de comando e direção da luz, principalmente para as funções fundamentais da vida, indispensáveis à existência:
"Deus disse: ‘Fervilhem as águas um fervilhar de seres vivos e que as aves voem acima da terra, diante do firmamento do céu’, e assim se fez. Deus criou as grandes serpentes do mar e todos os seres vivos que rastejam e que fervilham nas águas segundo sua espécie, e Deus viu que isso era bom" (Gn 1,20-21).
Não bastava criar os seres vivos. Era preciso dotá-los de aptidão para a propagação e perpetuação da espécie. Deus então os fecunda, tornando-os férteis, capazes de se reproduzirem. É a bênção:
    "Deus os abençoou e disse: ‘Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a água dos mares, e que as aves se multipliquem sobre a terra’. Houve uma tarde e uma manhã: quinto dia" (Gn 1,22-23).
    Quando Deus abençoa, fecunda, e é de Deus que os seres recebem a vida e a fecundidade, não da natureza ou do mundo: as vegetações, as ervas e as árvores frutíferas tiveram por fonte criadora o próprio Deus. Ele lhes injeta a faculdade de viver e procriar como aptidão imanente a cada uma e a toda espécie viva, estendendo a bênção à própria terra e ao demais seres vivos:
"Deus disse: ‘Que a terra produza seres vivos segundo a sua espécie: animais domésticos, répteis e feras segundo sua espécie’, e assim se fez. Deus fez as feras segundo sua espécie, os animais domésticos segundo sua espécie e todos os répteis do solo segundo sua espécie, e Deus viu que isso era bom" (Gn 1,24-25).
E, a Criação prossegue inexorável, aperfeiçoando-se sempre mais e mais, em cada novo estádio ou etapa, em cada dia, três obras por dia, caminhando em direção a sua obra prima: a Criação do Homem, o ápice dela, com o que será ultimada e coroada. É de se notar que vários indícios evidenciam a forma poética dessa narração, quais sejam, dentre eles, a repetição sistemática de várias expressões, tais como "Deus disse", "Deus viu que era bom", "Houve tarde e manhã: ...dia", os números com sua significação peculiar na criação em seis dias, nas três obras por dia, no sétimo dia, e a forma ritmada de todo o contexto. Não houve testemunhas nem a escrita havia sido inventada ainda. Daí compreender-se que essa narração, para se manter viva na memória, era assim composta em versos, em virtude de ser declamada sistematicamente, método ainda usado no Oriente para a retenção e divulgação de acontecimentos importantes. Todo o Velho Testamento está repleta de outras poesias, como forma de celebração de fatos destacados na História da Salvação (Gn 49; Ex 15; Nm 23; 24; Dt 32; 33; Jz 5; 1 Sm 2,1-10; Os Salmos; etc.); e, no Novo Testamento destacam-se dentre muitos trechos dos rituais cristãos dos primórdios, o Magnificat de Maria (Lc 1,46-55), o Benedictus (Lc 1,67-79) etc..
Em toda a narração transparece a onipotência e onisciência de Deus, nada criando ao acaso, mas inteligentemente e obedecendo a uma ordem determinada e coerentemente disposta com vistas a um fim deliberado: A Criação do Homem
Fonte - Mundo Católico

GÊNESIS 1 - A Criação


1. A ORIGEM
    O homem é sempre atormentado pela consciência que tem da inexorável morte; morte, que é o término da existência, a revelar-lhe a vida; vida a pulular em vários matizes e formas a revelar-lhe um ordenamento; ordenamento inteligente a revelar-lhe a Criação; Criação a revelar-lhe o Criador - DEUS:
"Sua realidade invisível - seu eterno poder e sua divindade - tornou-se inteligível, desde a criação do mundo, através das criaturas..." (Rm 1,20).
A ORIGEM é um desafio à inteligência e a existência é um mistério ainda não desvendado. O homem quer conhecer a origem de tudo e a finalidade da existência. Vê que na natureza tudo é cíclico: o dia começa, atinge o seu clímax e termina, para reiniciar de novo em outro dia, sucessivamente; igualmente, as fases da lua; também, as estações do ano a anunciar em cada primavera o reiniciar e a continuidade existencial: novos frutos, novas ninhadas e novos seres. Tudo recomeça. Tudo lhe inspira um começo novo e um fim a vista. Tudo lhe inspira um recomeço após a morte e sente o anseio pela vida eterna. Assim como tudo termina, tudo deve ter um começo. E então o procura, o começo de tudo e a própria origem. Tem a esperança de que o conhecimento da origem de tudo venha a lhe revelar para que existe: só quem sabe de onde vem sabe aonde vai, e a que se destina. Busca então localizar as minúcias tanto físicas como cronológicas da sua origem obscura. Também os contornos e detalhes que desconhece da sua criação, origem e formação. Não só de si mesmo, mas de tudo o mais que existe e o cerca. Mas, até hoje, só pôde conhecer alguns traços ainda indecifráveis e complexos de seu pequenos e esparso percurso histórico, e focalizado nas sucessões cronológicas da sua existência, que se manifestam aqui e acolá, fossilizados e dispersos no mundo por onde passa. A origem propriamente dita, real, permanece-lhe um mistério, um enigma, não conseguindo atingi-la. No âmago de toda a dinâmica existencial o homem é o mistério do homem: não sabe de onde veio e não sabe aonde vai; e, não sabendo disto, nada sabe de si mesmo, nem mesmo o que é.
    Ao narrador bíblico, ao hagiógrafo, não existiu tal mistério insondável e nem lhe preocuparam muitos detalhes e complexidades: para ele a origem e o fim de tudo é DEUS, O CRIADOR DE TUDO O QUE EXISTE:
"No princípio, Deus criou o céu e a terra. Ora, a terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o abismo. O Espírito de Deus pairava sobre as águas" (Gn 1,1-2).
Seus conhecimentos, "sua ciência", eram delimitados por aquilo, e somente por aquilo que lhe informavam os sentidos nus. Não possuía telescópios nem microscópios, desconhecia qualquer fenômeno físico, químico ou bacteriológico, bem como desconhecia por completo toda e qualquer conquista científica. E, com os parcos recursos de que dispunha, traçou a linha de sua concepção humana da Obra de Deus, culturalmente condicionada ao seu tempo. Nascia assim a primeira "teoria científica" da origem de tudo que o envolvia, profundamente mesclada com a concepção religiosa e doutrinária, condicionada à sua época e mentalidade. Por causa disso torna-se sumamente injusto avaliar a sua teoria ou o seu desenvolvimento com base nas conquistas modernas, exigindo dele conhecimentos que não possuía. É indispensável um deslocar à sua cultura para melhor compreendê-lo, separando-se ainda a verdade religiosa aí mesclada por revelação e inspiração de Deus, já que ninguém presenciou a Obra da Criação. Narra tudo com simplicidade e sem se deixar prender e perder por mitos, superstições, fantasias ou lendas, apesar de estar tudo paradoxalmente mesclado nela. Então, quando diz que "Deus criou o céu e a terra", diz que "Deus criou tudo o que existe", já que era tudo o que conhecia, todo o seu universo, o qual se resumia ao que seus sentidos lhe informavam. Não conhecia nem poderia conhecer as galáxias ou outros astros do sistema solar ou do universo astronômico.

Santo do Dia - Santa Júlia - 22-05

Santa Júlia
Século V
Júlia nasceu no século V, em Cartago. Viveu feliz até que, um dia, os vândalos, chefiados pelo sanguinário rei Genserico, invadiram sua cidade e a dominaram. Os pagãos devastaram a vida da comunidade como um furacão.

Mataram muitos católicos, profanaram os templos, trucidaram os sacerdotes e venderam os cidadãos como escravos. A vida de Júlia passou do paraíso ao inferno de forma rápida e terrível. De jovem cristã, nobre e belíssima, que levava uma vida tranqüila e em paz com Deus, viu-se condenada às mais terríveis privações. Mas, mesmo vendo trocadas a fortuna pela miséria, a veneração pelo desprezo, a independência pela obediência, enfim, a liberdade pela escravidão, Júlia não se abalou.

A tradição conta que ela foi vendida para Eusébio, um negociante sírio. Mas a bondade e a resignação da moça, que encontrava na fé cristã o bálsamo para todas as dores, comoveram seu amo, que passou a respeitá-la e exigir o mesmo de todos, nunca permitindo que fosse molestada. Chegou a autorizar até que ela dedicasse algumas horas do dia às orações e leituras espirituais.

Certa vez, ele viajou para a Europa e, entre os vários escravos que o acompanharam, estava a bela e inteligente Júlia. Na ilha francesa da Córsega realizavam-se festas pagãs quando a comitiva de Eusébio chegou. Ele e todos os demais se dirigiram a um templo dos deuses locais para prestar suas homenagens, mas Júlia recusou-se a entrar. Ajoelhou-se à porta do templo e passou a rezar para que Deus mostrasse aos pagãos a Palavra de Jesus, caminho da verdade.

A atitude chamou a atenção e chegou aos ouvidos do governador Félix,que convidou Eusébio para um banquete e propôs comprar a escrava Júlia por um preço absurdo, ou trocá-la pelas quatro mais belas escravas do seu palácio. Contudo o comerciante recusou. Enraivecido pela paixão que Júlia despertara, embebedou o comerciante, cercou-o de mulheres exuberantes e tomou a escrava à força, enquanto Eusébio dormia.

Júlia se manteve firme e não se curvou. Recusou a liberdade oferecida pelo governador em troca do sacrifício aos deuses e de ceder aos seus desejos. Félix, irado, esbofeteou-a até que sangrasse abundantemente pelo nariz, depois mandou que fosse flagelada e, por fim, crucificada como Cristo e atirada ao mar. Quando Eusébio acordou, era tarde.

Ela aceitou o sofrimento como uma forma de demonstrar a Deus seu amor, contribuindo para que o cristianismo crescesse e desse frutos, sem renegar a sua fé em Cristo, morrendo como seu Mestre. O seu corpo foi encontrado, ainda pregado na cruz, boiando no mar, pelos monges do convento da ilha vizinha de Gorgona. Depois eles o transportaram para a ilha, tiram-no da cruz, ungiram-no e o colocaram num sepulcro.

Júlia não ficou esquecida ali, seu culto se difundiu e chegou à Itália. No ano 762, a rainha Ansa, esposa do rei lombardo Desidério, mandou trasladar as relíquias de santa Júlia para Brescia, propagando ainda mais sua veneração entre os féis. Um ano depois, o papa Paulo I consagrou a ela uma igreja naquela cidade. A festa litúrgica de santa Júlia, a mártir da Córsega, ilha da qual é a padroeira, ocorre no dia 22 de maio.

Santo do Dia - Santa Catarina de Gênova - 22-05


Santa Catarina de Gênova
1447-1510
No século XV, os partidos guelfi e ghibellini eram os dominantes em Gênova, alternando-se no governo da cidade por meio de lutas sangrentas. Mas quando Catarina Fieschi nasceu, no ano de 1447, as famílias da nobreza que pertenciam a essas facções políticas já conviviam em paz, que era mantida pelos casamentos acordados entre si. Ela também teve de submeter-se a essa situação, pois seus pais, Tiago e Francisca, fidalgos dos guelfi, a deram em casamento ao jovem Juliano, da aristocrata família Adorno, dos ghibellini.

A união foi chamada de bizarra. Juliano era muito rico, mas irresponsável, desregrado, jogador e de caráter duvidoso, enquanto Catarina, com apenas dezesseis anos, era religiosa, sensível e muito caridosa, que, em vez de casar, desejava poder ter seguido a vida religiosa como sua irmã Limbânia o fizera.

Ela viveu sob a influencia negativa do marido, dividida entre as futilidades da corte e as obras de caridade. Um verdadeiro conflito entre os pecados e o remorso. Aos vinte e seis anos de idade, depois de visitar a irmã Limbânia no mosteiro, quando tudo lhe parecia perdido, sem solução e salvação, Catarina resolveu viver no seguimento de Jesus, para dedicar-se aos pobres e aos doentes.

Sua conversão foi tão sincera, radical e transparente que Juliano se converteu também. Colocando todo o seu patrimônio à disposição dos necessitados e deixando os palácios suntuosos, os dois ingressaram na Ordem Terceira Franciscana e foram morar no hospital de Pammatone. Nessa época, devido às freqüentes invasões de conquistadores, os soldados haviam trazido a sífilis e a peste, que se tornaram epidemias crônicas, atingindo toda a população, rica e pobre. Catarina e Juliano passaram a cuidar desses doentes.

Catarina realizou o seu desejo de renovação espiritual praticando a caridade entre os mais contaminados e desenganados. Juliano, depois de alguns anos morreu, em 1497. Ela continuou cada vez mais despojada de tudo, servindo a Deus na total entrega aos pobres mais doentes e abandonados.

Ao seu redor se juntou um grupo de seguidores, entre os quais o humanista genovês Heitor Vernazza. Ela a todos dizia: "Não se encontra caminho mais breve, nem melhor, nem mais seguro para a nossa salvação do que esta nupcial e doce veste da caridade". Enquanto isso, a fama de sua santidade corria entre os fiéis.

Catarina, nessa íntima comunhão com Deus, foi premiada com dons especiais da profecia, conselho e cura. Em 1507, com o físico enfraquecido e por causa do constante contato com os mais contaminados, adoeceu e nunca mais se recuperou. Morreu no dia 15 de setembro de 1510.

Logo o seu culto se propagou, sendo confirmado pelo papa Clemente XII em 1737, quando canonizou santa Catarina Fieschi Adorno, mais conhecida como santa Catarina de Gênova. Ela é festejada pela diocese de Gênova no dia 12 de setembro. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 22 de maio.

Dia da Língua Nacional - 21-05


A língua portuguesa não é apenas falada em Portugal e no Brasil. Durante a expansão marítima e a colonização portuguesa, a língua conquistou também a África, a Ásia e a Oceania. Atualmente, os países que têm como idioma o português são: Portugal, Brasil, Açores, ilha da Madeira, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Macau e Timor Leste.


 
A nossa língua nacional, o português, é um idioma derivado do latim, que se dividia em latim clássico e latim vulgar. O latim clássico era falado e escrito pelas pessoas cultas. Foi muito pouco divulgado, por isso, hoje é conhecido apenas por meio da literatura e dos documentos históricos. O latim vulgar era utilizado pela maioria da população. Espalhou-se durante a expansão do Império Romano e foi se diversificando nas regiões conquistadas, dando origem aos dialetos que criaram outras línguas, denominadas "neolatinas" ou "românicas", entre as quais há o português, o espanhol, o galego, o catalão, o francês, o provençal, o italiano e o romeno.

Desde que surgiu, a língua portuguesa foi se modificando com o passar dos anos, em razão de ter recebido influências de outras línguas. Essa transformação continua a ocorrer, pois a língua se enriquece com palavras de diferentes origens. Em cada país em que é falado, o português apresenta variações que se manifestam tanto no vocabulário utilizado quanto na pronúncia, na morfologia e na sintaxe. Essas variações ocorrem também dentro de um mesmo país, de região para região, em conseqüência de fatores sociais, econômicos e culturais.

A língua portuguesa não é apenas falada em Portugal e no Brasil. Durante a expansão marítima e a colonização portuguesa, a língua conquistou também a África, a Ásia e a Oceania. Atualmente, os países que têm como idioma o português são: Portugal, Brasil, Açores, ilha da Madeira, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Macau e Timor Leste. O português é também falado em algumas regiões que estiveram fora do domínio político de Portugal, como alguns povoados espanhóis, uruguaios e comunidades de imigrantes em diversos países.

Santo do Dia - Santo Eugênio de Mazemod - 21-05

Santo Eugênio de Mazemod
1782-1861
Fundou a congregação dos Oblatos de Maria Imaculada
Carlos José Eugênio de Mazemod, esse era seu nome de batismo. Ele nasceu na bela cidade Aix-en-Provance, sul da França, em dia 1o de agosto de 1782. Seu pai era um nobre e presidia a Corte dos Condes da Provença. Sua mãe pertencia a uma família burguesa muito rica. Teve duas irmãs: Antonieta e Elisabete, que morreu aos cinco anos de idade.

Sua infância foi tranqüila até 1790, quando a família teve de fugir da Revolução Francesa, deixando todos os bens e indo para a Itália, onde permaneceram durante onze anos, vivendo de cidade em cidade. Nesse período, seus pais também se separam. A mãe deixou Eugênio com o pai na Itália e foi para a França, tentar reaver os bens confiscados.

Tudo isso influenciou a personalidade do menino, de maneira tanto positiva como negativa, cujo reflexo foi uma séria crise de identidade na adolescência. Embora Eugênio, antes do exílio, tivesse dado mostras de sua vocação religiosa, ela foi sufocada por esses problemas e pela lacuna existente na sua formação intelectual, devido à falta de uma moradia fixa. Mas seu caráter forte permaneceu por toda a vida, sendo sua marca pessoal.

Foi por meio do padre Bartolo Zinelli, durante o período que morou em Veneza, entre 1794 e 1797, que Eugênio teve contato concreto com a vida de fé. E ao retornar para a França, em 1802, então com vinte anos de idade, amadureceu a idéia de ingressar na vida religiosa, seguindo sua vocação primeira. Em 1808, entrou no Seminário de São Sulpício, em Paris, recebendo a ordenação em Amiens três anos depois.

Retornou para sua cidade natal, dedicando seu apostolado à pregação. Levou a Palavra de Cristo aos camponeses pobres, aos prisioneiros e aos doentes abandonados, a todos dando os sacramentos como único meio de recompor os valores cristãos, num momento novo para o país tão desgastado e sem rumo. Outros padres se juntaram a ele nessa missão, por isso decidiu, em 1816, fundar a Sociedade dos Missionários da Provença, que depois mudou o nome para Oblatos de Maria Imaculada, recebendo todas as aprovações da Igreja.

Eugênio foi, então, nomeado vigário-geral da diocese de Marselha, da qual, depois, foi nomeado bispo, cargo que exerceu durante trinta e sete anos. Foram muitos os problemas com as autoridades que governaram Paris, com a elite social e até com alguns membros eclesiásticos que não concordavam com as regras de vida em comum estabelecidas por ele.

Mas o povo pobre o queria, amava e respeitava. Assim, continuou governando a diocese e os oblatos, que se desenvolveram e foram pregar a Palavra de Cristo fora dos domínios da Europa, nos Estados Unidos, Canadá e México, depois também na África e na Ásia, levando o carisma missionário da congregação.

Eugênio de Mazemod morreu no dia 21 de maio de 1861, na sua querida Marselha. Muitas foram as graças atribuídas à sua intercessão. O papa João Paulo II declarou-o santo em 1995. A solenidade contou com a presença de representantes dos sessenta e oito paises onde os oblatos já estavam fixados.

Santo do Dia - Manuel G. Gonzáles e Adílio Daronch - Bem-aventurados - 21-05

Manuel G. Gonzáles e Adílio Daronch
Bem-aventurados
1877-1924
Padre Manuel Gomes Gonzalez nasceu em 29 de maio de 1877, em São José de Riberteme, Província de Fontevedra - Espanha. Foi ordenado sacerdote em 24 de maio de 1902 em Tui.

Em 1913, com grande espírito missionário e abertura de coração veio ao Brasil. Foi nomeado pároco da Igreja Nossa Senhora da Luz, em Nonoai, no Rio Grande do Sul. A 23 de janeiro de 1914, recebia a paróquia de Nossa Senhora da Soledade. Em 7 de dezembro de 1915, o bispo de Santa Maria - RS, Dom Miguel de Lima Valverde, nomeou Padre Manuel primeiro pároco da igreja Nossa Senhora da Luz, em Nonoai. Iniciando assim seu trabalho pastoral: organizou o Apostolado da Oração, a Catequese paroquial, o combate ao analfabetismo. Lutando com muitas dificuldades econômicas, reformou a igreja matriz.

Na páscoa de 1924, Padre Manuel recebeu carta do Bispo de Santa Maria, pedindo que fosse ao Regimento do Alto Uruguai, fazer a páscoa dos Militares e depois fosse até a colônia Três Passos, para atender aos colonos de origem alemã, que estavam esperando missa, batizados e a bênção do cemitério. Padre Manuel convidou o seu coroinha Adílio Daronch que o acompanhasse num longo itinerário pastoral, a serviço da Paróquia de Palmeira das Missões.

Adílio Daronch nasceu em Dona Francisca (RS), em 1908, filho de Pedro Daroch e Judite Segabinazzi, migrantes italianos vindo da Itália em 1883, com a família. Adílio era o terceiro filho do casal. Em 1912 a família foi morar em Passo Fundo, onde o pai aprendeu o ofício de fotógrafo. Alguns meses depois a família retorna para Nonoai onde exerce o ofício de fotógrafo e tinha uma pequena farmácia de homeopatia. A família de Pedro era muito religiosa. Eram grandes colaboradores do Padre Manuel. Adílio era coroinha e auxiliar nos serviços do altar e da paróquia.

Nesta época o Rio Grande do Sul vivia momentos conturbados. O estado acabava de passar pela revolução entre chimangos e maragatos (Revolução de 1923), em que houve muita violência e derramamento de sangue.

Padre Manuel e o coroinha Adílio Daronch dirigiram-se a cavalo, para o Alto Uruguai até a Colônia Militar, no Alto Uruguai, onde a 20 de maio, Adílio ainda ajudou na Páscoa de militares.

A caminho de Três Passos, ao chegar em "Feijão Miúdo" o coroinha Adílio e o padre Manuel foram surpreendidos por anticlericais e inimigos da religião. Foram levados para o mato, amarrados em árvores e fuzilados. Era o dia 21 de maio de 1924.

Os próprios colonos que encontraram os corpos amarrados em uma árvore os enterraram. Em cima da cruz da sepultura, escreveram: «mártires da fé, verdadeiros santos da Igreja, assassinados a 21 de maio de 1924».

Quarenta anos depois, em 1964, os restos mortais foram desenterrados e os ossos foram levados para Nonoai, numa caravana, pela Diocese. Em 1997, a Diocese encaminhou o processo de beatificação. Foram escritos vários livros sobre estes mártires.

Em 2002: Na Visita Ad Limina, ao receber um abaixo-assinado dos bispos do Rio Grande do Sul, o Cardeal português, José Saraiva Martins, responsável pelas beatificações, nos disse:
"Vocês precisam divulgar mais esta causa dos mártires. A Igreja não pode beatificar uns mártires que apenas são conhecidos no Alto Uruguai. Alto Uruguai, parece ser de outro país, é preciso que esta causa venha a interessar a todo o Rio Grande e todo o Brasil, além disso, Espanha (onde padre Manuel nasceu e foi ordenado padre) e Portugal (onde trabalhou por mais de 10 anos na Arquidiocese de Braga) precisam conhecer esta causa".

Começou-se então um grande trabalho de divulgação. Falou-se diversas vezes a todos os Bispos do Brasil, em Itaici. Foram escritas cartas e e-mails aos bispos de Vigo (na Espanha) e Braga (em Portugal).

Dia 21 de outubro de 2007, foram beatificados, em Frederico Westphalen, os chamados mártires de Nonoai: o padre Manuel e o coroinha Adílio. A cerimônia foi presidida pelo cardeal José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos que veio diretamente de Roma. Cerca de 40 mil fiéis estavam presentes à cerimônia.

Em sua homilia, o cardeal Martins destacou: "santo é aquele que está de tal modo fascinado pela beleza de Deus e pela sua perfeita verdade que é por elas progressivamente transformado".

Foi o que fizeram os dois novos bem-aventurados disse o cardeal. "Pela beleza e verdade de Cristo e do seu Evangelho, os dois novos bem-aventurados renunciaram a tudo, também a si próprios, também à sua própria vida, que é o maior tesouro que Deus nos deu".

Hoje, a Igreja reconhece a vitória do padre Manuel e do coroinha Adílio, prestando-lhes a homenagem da glória e reconhecendo a sua poderosa intercessão.

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Calma


C a l m a


D e u s  a i n d a  e s t á  n o  C é u.


Você não tem que fazer tudo sozinho e agora mesmo.

Lembre-se de um momento feliz e tranquilo do seu passado.
Repouse lá.

Cada momento tem riquezas com vida permanente.
Acerte sua caminhada.

Quando alguém o pressionar,
não há problema em dizer-lhe que você não gosta.

Lembre-se que nem tudo pode ter garantia.
Isso inclui você.

Assista o passar das águas, o crescimento do milho,
a flutuação das folhas, o vôo dos passarinhos.


C a l m a .

Saboreie seu alimento.
Deus o deu a você para prazer e nutrição.

Observe o sol e a lua quando surgem e quando se põem.
Eles são extraordinários por seu constante ritmo de movimento
e não por quaisquer tipos de correrias.


C a l m a .

Pare de planejar como você usará o que sabe,
o que aprende ou o que possui.
São presentes de Deus com tempo certo.
Sinta apenas gratidão e a certa hora seu propósito ficará claro.


C a l m a .

Quando falar com alguém não pense no que dirá em seguida:
Os pensamentos se verbalizarão naturalmente se você deixá-los livres.

Fale e brinque com crianças.
Isso despertará a pequena pessoa sem pressa que existe dentro de você.

Crie um espaço em sua casa, em seu trabalho, em seu coração.
Nesse lugar aquiete-se e entregue-se a boas recordações.
Você merece isso.

Permita-se ter um tempo para a preguiça e para o " fazer nada ".
Descanse sem preocupação e sem culpas.
É uma necessidade de sua alma.

Ouça o soprar do vento:
ele traz uma mensagem de ontem, de amanhã e de agora.
Mais importante é a de a g o r a.

Repouse sobre os seus sucessos sejam quais forem eles.
Isso traz conforto.
Não importa o tamanho ou as condições.


C a l m a .

Fale devagar ... Fale menos ... Não fale ...
A comunicação mais importante não é medida por palavras.

Dê-se permissão para se atrasar algumas vezes.
A vida é para ser vivida e não agendada.

Ouça a canção de um passarinho ... a canção toda ...
A música e a Natureza são presentes, sim,
mas só se você se dispuser a recebe-los.

Reserve tempo só para refletir.
A ação é boa e necessária, mas dá bons frutos
apenas se antes meditarmos e ponderarmos.


C a l m a .

Crie tempo para fazer o que gosta e brincar.
Seja qual for sua idade, sua criança interior precisa ser recriada.

Olhe e ouça o céu noturno. Ele fala.
Ouça as palavras que você diz, especialmente em orações.

Aprenda a ficar atrás e deixar que outros ocupem a liderança.
Sempre haverá novas oportunidade para você ir à frente outra vez.


C a l m a .

Divida grandes trabalhos em pequenas tarefas:
Se Deus levou 6 dias para criar o Mundo,
você pode esperar ser melhor?

Quando você se acha afobado e ansioso, pare.
Pergunte a si mesmo:
" Por que estou afobado e ansioso? "
As razões podem aperfeiçoar seu auto conhecimento.

Crie tempo para ler bons livros:
a leitura de bons pensamentos alivia o mal estar .

Direcione sua vida com escolhas ricas em propósitos
e não em correrias e eficiências.
O melhor músico é aquele que toca com sentimento
e não o que termina primeiro de tocar.


C a l m a .

Dê-se um dia de folga ... sozinho ... faça um retiro ...
Você pode aprender com macacos e ermitões sem se tornar um deles.

Acaricie um bichinho de estimação:
você dará e receberá um presente de a g o r a.

Entregue-se a trabalhos manuais: isso liberta a alma.


C a l m a .

Tenha momentos de meditação :
sem ela a Vida é meramente existência.

Fique um pouco no escuro:
isso o ensinará a ver melhor, ouvir, saborear e cheirar.

Abaixe volumes de sons e intensidade de luzes.
Desligue máquinas e recuse convites de vez em quando.
O menos pode muitas vezes ser mais.

Calma ... deixe que a Vida vá como vai ...
" Nada " é usualmente a coisa mais monótona de se fazer,
mas em certas ocasiões é a melhor.

Dê um passeio sem pensar aonde chegará:
se você anda só para chegar a algum lugar, você sacrifica a caminhada .

Conte seus amigos : se você tem um, é uma sorte.
Se você tem mais, é uma bênção.
Abençoe-os em retribuição.

Conte suas bênçãos ... uma de cada vez ...
... e devagar ...

C a l m a .


Deus ainda está no Céu .

Almas Perfumadas

ALMAS PERFUMADAS




Tem gente que tem cheiro de passarinho

quando canta.

De sol quando acorda.

De flor quando ri.

Ao lado delas, a gente se sente

no balanço de uma rede

que dança gostoso numa tarde grande,

sem relógio e sem agenda.

Ao lado delas, a gente se sente

comendo pipoca na praça.

Lambuzando o queixo de

sorvete.

Melando os dedos com algodão doce

da cor mais doce que tem pra

escolher.

O tempo é outro.

E a vida fica com a cara que ela tem de verdade,

mas que a gente desaprende de ver.

Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.

De banho de mar quando a água

é quente e o céu é azul.

Ao lado delas, a gente sabe

que os anjos existem e

que alguns são invisíveis.


Ao lado delas, a gente

se sente chegando em casa

e trocando o salto pelo chinelo.

Sonhando a maior tolice do mundo com o

gozo de quem não liga pra isso.

Ao lado delas, pode ser abril, mas parece

manhã de Natal do tempo em que

a gente acordava e encontrava o presente do

Papai Noel.

Tem gente que tem cheiro das estrelas

que Deus acendeu no céu e daquelas

que conseguimos acender na Terra.


Ao lado delas, a gente não acha que

o amor é possível, a gente tem certeza.

Ao lado delas, a gente se sente

visitando um lugar feito de alegria.

Recebendo um buquê de carinhos.

Abraçando um filhote de urso panda.

Tocando com os olhos os olhos da paz.

Ao lado delas, saboreamos a delícia

do toque suave que sua presença sopra

no nosso coração.


Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.

Do brinquedo que a gente não largava.

Do acalanto que o silêncio canta.

De passeio no jardim.

Ao lado delas, a gente percebe que

a sensualidade é um perfume

que vem de dentro e

que a atração que realmente nos move

não passa só pelo corpo.


Corre em outras veias.

Pulsa em outro lugar.

Ao lado delas, a gente lembra que no

instante em que rimos, Deus está conosco,

juntinho ao nosso lado.

E a gente ri grande que nem menino arteiro.


(Desconheço o autor)

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