sexta-feira, 20 de maio de 2011

A felicidade é uma opção?

Especialistas afirmam que a felicidade é possível. Mas quais são as atitudes práticas para atingir este estado de espírito tão subjectivo?

Estar cheio de problemas, contar tostões para pagar as contas no fim de cada mês, questões de saúde e eventuais crises pessoais não significam necessariamente infelicidade! Estranho? Mas é verdade. Pesquisas recentes demonstram que é possível ser feliz sem depender apenas de factores externos.

Susan Andrews, psicóloga americana e autora do livro “A ciência de ser feliz”, define a felicidade como “a combinação entre o grau e a frequência de emoções positivas; nível médio de satisfação durante um longo período; e ausência de sentimentos negativos, tais como a tristeza e raiva”. Ou seja, a felicidade é, antes de mais, um opção, desde que aceitemos ser feliz aqui e agora, sendo quem somos e com o que temos.

Por outro lado, faz parte da vida estar alegre e triste, embora a felicidade esteja para além desses estados emocionais transitórios. E, nesse caso, a simplicidade pode contribuir para a felicidade, o que não significa abrir mão de todos os bens materiais, mas distinguir entre o que traz satisfação autêntica e duradoura, e o que pouco ou nada realiza.

Questão subjectiva

Por depender de valores subjectivos, a felicidade tem caminhos diferentes para cada pessoa. Desde que se nasce até que se morre, permanecemos numa autêntica descoberta sobre o queremos para cada um de nós e o que vale a pena viver!
Se para uns a felicidade pode ser equivalente a satisfazer a necessidade de consumir mais e mais, outros valorizam aspectos relacionados a realização profissional e pessoal. São sempre questões subjectivas. Para encontrar o caminho para a felicidade de cada um, o melhor é estar atento aos momentos que propiciem relaxamento, bem-estar e paz, onde nos sentimos integrados connosco próprios.

Na verdade, cada um deve olhar para dentro de si, e não procurar fora. Podem ser coisas simples, como passear à beira rio ou um jantar em família. A chave é valorizar esses momentos e dar espaço para que se repitam.

Felicidade é um investimento

Outro factor indispensável é dedicar tempo e energia à felicidade, seja usando as crises a favor de si própria, seja fazendo aquilo que mais prazer nos dá. Manter-se numa zona de conforto pode prolongar a infelicidade, seja num casamento ou num emprego que não se gosta, etc.
Segundo Susan Andrews é possível aprender a ser feliz em todas as situações da vida, sem depender de coisas conquistadas! “É uma escolha porque depende de conquistar espaço para fazer coisas que se gosta.”

Felicidade e resiliência

É evidente que os problemas não desaparecem com a simples decisão de ser feliz. Perdas e crises vão acontecer sempre, embora se vividos plenamente e sem fugas, é provável que se fique mais forte. Nesses casos, a felicidade implica ser capaz de superar os momentos tristes e as perdas. Depois de um episódio traumático, como, por exemplo, a perda de um ente querido, o bem-estar emocional deve voltar, gradualmente. Segundo os manuais de psiquiatria, ao fim de seis meses deverá sentir-se melhor, com níveis de satisfação mais elevados. Praticar a resiliência – a capacidade de recuperar frustrações – e o prazer em viver parece ser a receita mais eficiente para uma vida feliz.

por Inês Menezes    
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